O que são HOMÔNIMOS?

Frederico Lima

Homônimos são palavras que têm a mesma grafia e/ou a mesma pronúncia, mas significados diferentes. É o que causa confusão em muitas conversas e textos, já que o sentido da palavra só pode ser compreendido pelo contexto.

Existem três tipos de homônimos:

1. Homógrafos (mesma grafia, mas pronúncia e significado diferentes)

Essas palavras são escritas da mesma forma, mas a pronúncia muda dependendo do significado.

"Manga":

A manga da camisa (vestuário)

A manga da árvore (fruta)


"Colher":

Colher (verbo de pegar)

A colher (substantivo, o talher)


2. Homófonos (mesma pronúncia, mas grafia e significado diferentes)

Essas palavras são pronunciadas da mesma forma, mas a escrita e o significado são diferentes.

"Coser" (costurar) e "cozer" (cozinhar)

"Cesta" (recipiente de vime) e "sexta" (o sexto dia da semana)

"Censo" (contagem populacional) e "senso" (juízo, bom senso)


3. Perfeitos (mesma grafia e pronúncia, mas significados diferentes)

Essas palavras são escritas e pronunciadas da mesma forma, mas os significados variam.

"Rio":

O rio (curso de água)

Eu rio (verbo rir no presente)


"Banco":

O banco (instituição financeira)

O banco (assento)

Em resumo, a chave para entender o significado de um homônimo é sempre prestar atenção ao contexto em que a palavra é usada.

Revista Miscelânea - Chamada para o dossiê "Lirismo moderno e o sujeito fora de si: novas leituras"

Frederico Lima


O crítico literário Michel Collot sistematiza, a partir da fenomenologia ligada ao texto poético, certa compreensão de mundo reconfigurada pelo lirismo moderno. Para ele, o eu lírico, para entender “sua verdade mais íntima”, inatingível “pelas vias da reflexão e da introspecção” (COLLOT, 2013b, p. 224), fragmenta-se e lança-se à paisagem, como um sujeito fora de si, levado pela “emoção lírica [que], talvez, apenas prolongue ou re-acione esse movimento que constantemente leva e expulsa o sujeito para fora de si, e por meio do qual [...] ele pode ek-sistir e se ex-primir” (COLLOT, 2013b, p. 224). Esse modo de pensar o eu que escreve, considerando a produção poética brasileira, pode ser conferido, por exemplo, na poesia de Mário de Andrade, quando o poeta encena uma concepção do lírico marcada pela consciência da escrita a partir de um eu que se entrega ao mundo, assim como na poesia de outros poetas modernos e contemporâneos. A partir de tais questões, a revista Miscelânea convida pesquisadores e pesquisadoras a submeterem artigos que se detenham no estudo e na análise de textos líricos, escritos em verso ou em prosa, desde o Romantismo até a contemporaneidade, focando-se sobretudo na presença de um eu que se define a partir da mistura ao mundo e ao outro. Espera-se, assim, contribuir para os estudos acerca do lirismo moderno. 

Organização:

Angela Teodoro Grillo (UFPA- Belém)

Cláudia Tavares Alves (Unesp-Assis)

Cristiane Rodrigues de Souza (Unesp-Assis)

Prazo para o envio de contribuições: 10 de setembro de 2025

Para mais informações, acesse: https://seer.assis.unesp.br/index.php/miscelanea/announcement/view/58

Revista Caligrama - Chamada para o dossiê: "Diálogos contemporâneos entre Literatura e Teatro"

Frederico Lima

 

O dossiê " Diálogos contemporâneos entre Literatura e Teatro" se propõe a refletir sobre as relações entre os campos dos Estudos Literários e o das Artes Performáticas. Espera-se reunir um conjunto de textos que pensem sobre as relações fronteiriças e movediças entre os dois campos e também sobre as possibilidades de interação.  

Compreendendo a amplitude de cada área e de seus desdobramentos, sugere-se como eixos alguns temas-chave, que, no entanto, não esgotam as possibilidades de reflexão e propostas para os textos. Interessam tanto os estudos de práticas literárias e teatrais, assim como as reflexões teóricas advindas da área. 

São bem-vindas pesquisas que versam sobre:

Teatro e tradução, nas suas mais diferentes vertentes, sejam, por exemplo, entre línguas e/ou entre linguagens e/ou adaptações e atualizações, abordando estudos de práticas, desafios tradutórios e recriações poéticas. Também interessam os estudos relativos ao Teatro e a edição, abordando os aspectos editoriais e de circulação dos textos dramáticos.

Literatura, Teatro e feminismos, em reflexões sobre obras teatrais, literárias ou performáticas produzidas por mulheres e/ou que reflitam sobre a condição da mulher nas sociedades. 

Poéticas negras: dedicado às pesquisas sobre produções literárias, teatrais e performáticas que se articulem sobre as epistemes negras, podendo trabalhar, por exemplo, nos campos estético, filosófico, teórico, espiritual, histórico e/ou político. 

Literatura, Teatro, performatividades e política: considerando os acirramentos políticos contemporâneos, este eixo visa refletir sobre como a arte vem abordando as tensões políticas, assim como a própria política vem assumindo uma performatividade cada vez mais intensa no campo público.

Teatro, literatura e tecnologias: propõe refletir sobre os impactos da tecnologia sobre as produções artísticas contemporâneas, seja nas articulações e introdução de novas formas de produção, circulação e apresentação (virtualização e uso de plataformas etc.), seja nos desafios éticos e filosóficos derivados do uso da máquina e da inteligência artificial nos processos criativos.

Reverberação dos clássicos na contemporaneidade:
trabalhos que analisem tanto encenações ou traduções de textos clássicos na atualidade, quanto reescritas e diferentes versões baseadas em textos clássicos, considerando, especialmente, as particularidades que atravessam essas obras no contemporâneo.

 

Editores convidados:
Laureny A. Lourenço da Silva (UFMG)
Geison Almeida B. da Silva (UFMG)
Júlia Morena Costa (Unifesp)

Prazo para submissões: 30/03/2026 

Para mais informações, acesse: https://periodicos.ufmg.br/index.php/caligrama/announcement/view/656

O que são ANTÔNIMOS?

Frederico Lima

Antônimos são palavras que têm significados opostos ou contrários. Eles são o exato oposto dos sinônimos. Usar antônimos é útil para criar contrastes, expressar ideias opostas e dar mais clareza a uma frase.

Exemplos:

Claro: escuro

Alto: baixo

Frio: quente

Rico: pobre

Feliz: triste

Assim como nos sinônimos, o contexto é fundamental. A palavra "claro", por exemplo, pode ter como antônimos "escuro" (quando se refere à luz) ou "complicado" (quando se refere a uma explicação).

Chamada para o dossiê "Mulheres imigrantes e refugiadas na literatura: vozes, deslocamentos e resistência"

Frederico Lima

“O subalterno pode falar?” — essa interrogação de Gayatri Chakravorty Spivak segue ecoando em contextos nos quais vozes femininas são silenciadas ou traduzidas por narrativas hegemônicas. Quando se trata de mulheres imigrantes e refugiadas, especialmente aquelas oriundas de contextos marcados por guerras, crises humanitárias, perseguições políticas ou desigualdade estrutural, torna-se ainda mais urgente escutar suas histórias e refletir criticamente sobre os regimes de visibilidade que moldam suas experiências.

Este número dos Cadernos CESPUC propõe reunir artigos que investiguem, sob diversas perspectivas, as trajetórias, desafios e estratégias de resistência de mulheres em situação de migração forçada ou voluntária. Chimamanda Ngozi Adichie em um de seus mais famosos TED Talks, nos lembra que “a história única cria estereótipos. E o problema com os estereótipos não é que eles sejam falsos, mas que são incompletos”. Partimos dessa consciência crítica para pensar a pluralidade de histórias e olhares sobre o feminino migrante, visibilizando experiências que atravessam fronteiras, idiomas e corpos.

Convidamos pesquisadores e pesquisadoras a submeterem artigos que explorem representações literárias escritas POR ou SOBRE mulheres imigrantes/refugiadas relacionadas a:

  • Interseccionalidades entre gênero, raça, classe, etnia e migração
  • Narrativas de vida, testemunhos, memória e literatura do exílio
  • Feminismos transnacionais e práticas de resistência
  • Acolhimento, integração e redes de apoio
  • Educação, linguagem e cultura em contextos de migração
  • Invisibilidades, estigmas e vozes subalternizadas


Organizadoras:

Priscila Campello (PUC Minas)

Érica Fontes (UFPI)

Período de submissão: 10/06/2025 a 30/09/2025

Para mais informações, acesse: https://periodicos.pucminas.br/cadernoscespuc/announcement/view/562

Revista Belas Infiéis - Chamada para o dossiê "Estudos da Interpretação: Saberes, Práticas e Desafios Contemporâneos"

Frederico Lima


Nas últimas décadas, os Estudos da Interpretação vêm se consolidando como um campo de investigação interdisciplinar voltado à compreensão dos processos de mediação linguística e cultural em contextos diversos. Articulando contribuições da Linguística, Psicologia, Ciências Sociais, Ciências Cognitivas e Tecnologias Digitais, o campo se expande para além dos modelos tradicionais, abrindo espaço para debates sobre formação, prática profissional, ética, tecnologia e marcadores sociais como gênero, raça e classe.

Este número temático da revista Belas Infiéis parte do pressuposto de que a interpretação, em suas múltiplas modalidades e configurações, é atravessada por questões que exigem olhares integrados, atentos às transformações sociotécnicas e às demandas por equidade e justiça linguística. Interessa-nos reunir trabalhos que abordem a interpretação a partir de perspectivas teóricas e metodológicas diversas – sejam elas cognitivas, discursivas, culturais, pedagógicas, sociais ou tecnológicas. São bem-vindas análises sobre a atuação de intérpretes em contextos de conferência, comunitários (educacionais, jurídicos, de saúde), em situações de crise, no trabalho remoto ou mediados por tecnologias de tradução audiovisual (TAV).

“Estudos da Interpretação: Saberes, Práticas e Desafios Contemporâneos” acolherá ainda reflexões sobre a formação de intérpretes, a constituição de saberes profissionais, os impactos de políticas públicas e institucionais, bem como estudos que articulem línguas orais e línguas de sinais, sem distinção de pares linguísticos ou modalidades.

Esperamos, com este número, fomentar o avanço dos Estudos da Interpretação no Brasil e contribuir para uma discussão mais ampla, crítica e situada sobre o papel da interpretação em um mundo cada vez mais interconectado – e desigual.

As contribuições devem ser redigidas em inglês e seguir as diretrizes para autores disponíveis no site da revista.

Serão aceitos: Artigos originais, ensaios críticos, artigos traduzidos (para o português), entrevistas e resenhas, os quais serão avaliados por pareceristas ad hoc no sistema de avaliação duplo-cego.

Editores convidados:

Prof. Dr. Diego Barbosa (UFG; POSTRAD/UnB)

Prof. Dr. Guilherme Lourenço (UFMG)

Prazo para envio de contribuições: 7/11/2025

Previsão de publicação: janeiro de 2026

Para mais informações, acesse: https://periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/announcement/view/905

Revista Via Atlântica - Chamada para o dossiê "Dramaturgias contemporâneas: o coletivo emancipado e a dimensão crítica da realidade"

Frederico Lima


No Brasil, a palavra dramaturgia ainda é frequentemente utilizada para se designar o texto teatral, mesmo que seu conceito venha se modificando e se expandindo juntamente com as transformações dos preceitos que a regem (Oliveira, 2013), ou mesmo diante da crise observada em torno das reinvenções contemporâneas dos vínculos entre o texto, o palco e o mundo. Definida a partir do modelo teatral como a passagem do pensamento para a cena (Dort, 1986), ou ainda da conexão entre ação, teatro e pensamento (Danan, 2010), a dramaturgia passa a ser incluída e reivindicada dentro e fora do teatro em obras que não necessariamente fazem do texto seu centro de gravidade, “portanto, ao menos contemporaneamente, não deveria ser vista como categoria fixa por ser tão frequentemente implantada por praticantes de teatro em diferentes tipos de combinações híbridas” (Thürler, 2023, p. 154).

Por essa razão, parece importante abordar, de forma extensiva e transversal, a diversidade das dramaturgias contemporânea em Língua Portuguesa (2000-2020), complexas e variadas, tanto em termos de temas quanto de abordagens de escrita, que renegociam a compreensão da estética contemporânea, para dar a conhecer autores plurais e, obviamente, singulares nas suas abordagens e processos de criação.

Para este dossiê da revista Via Atlântica, esperamos receber contribuições acadêmicas rigorosas – especialmente inflexões interdisciplinares – sobre amplo espectro de abordagens da produção contemporânea, que não necessariamente tenham relação com o palco, incluindo leituras críticas de peças de teatro convencional dramático e pós-dramático; dança-teatro; performance; teledramaturgia; roteiros de performance, cinema e streamings, reels, sketches para plataformas sociais etc. As contribuições devem abordar aspectos históricos, políticos, formais, teóricos e metodológicos, com ênfase na análise de novas políticas de subjetivação – sub-representadas ou marginalizadas – enquanto estratégias coletivas de emancipação, fundamentadas em suas condições históricas, sociais, culturais e políticas de produção.

O dossiê acolherá contribuições que se enquadrem nos seguintes eixos temáticos (não exclusivos):

  • Tecnologias Digitais e Novas Formas de Narrativa: Investigações sobre o impacto das tecnologias digitais na produção dramatúrgica, incluindo a análise de obras criadas para plataformas online (streaming, redes sociais), a hibridização de linguagens e as novas formas de interação com o público.
  • Estéticas Híbridas e Interdisciplinaridade: Reflexões sobre as fronteiras fluidas entre as diferentes formas de dramaturgia (teatro, dança-teatro, performance, audiovisual) e a incorporação de outras áreas do conhecimento, como a literatura, as artes visuais, a música e os estudos culturais.
  • Linguagens e Inovações Formais: Estudos que se concentrem nas experimentações com a linguagem, nas novas formas de escrita dramática e nos desafios e possibilidades estéticas das dramaturgias contemporâneas.
  • Dramaturgias e Contextos Locais/Globais: Análises que considerem as especificidades dos contextos de produção em diferentes regiões de língua portuguesa e as relações entre as dramaturgias locais e as dinâmicas globais.
  • Memória, Trauma e Reconstrução do Passado: Estudos que abordem como as dramaturgias contemporâneas revisitam o passado, lidam com traumas históricos e sociais, e propõem novas narrativas para a construção da memória coletiva.
  • Políticas da Representação e Emancipação Coletiva: Análises focadas nas estratégias de representação de grupos marginalizados e nas formas como as dramaturgias podem contribuir para processos de emancipação social e política, questionando estruturas de poder e desigualdade.
  • Corpo, Identidade e Resistência: Análises que explorem como as dramaturgias contemporâneas representam corpos dissidentes, identidades fluidas e as diversas formas de resistência política e social. Isso pode incluir discussões sobre gênero, sexualidade, raça, etnia, classe, deficiência, entre outros marcadores de diferença.

Organizadores:

Djalma Thürler (UFBA)

Duda Woyda (CNPq/UFBA)

Flavia Corradin (USP)

Helder Thiago Maia (Universidade de Lisboa)

Prazo para o envio dos trabalhos: 30 de novembro de 2025.

Data prevista para a publicação: 30 de abril de 2027.

Para mais informações, acesse: https://revistas.usp.br/viaatlantica/announcement/view/1909

Revista Aletria - Chamada para o dossiê "Fronteiras do ficcional na narrativa contemporânea (2000-2025)"

Frederico Lima

 

Em reação à ideia de que o romance moderno “descobriu a ficção” (Gallagher, 2006, p. 337), a medievalista Julie Orlemanski (2019, p. 247) critica a confusão entre “conceito” e “experiência” de ficcionalidade, propondo uma “poética comparativista da ficção”. Nesta, define a ficção como um “fenômeno demarcatório”: ficcionais são os discursos desvinculados do compromisso com a verdade.

A definição de verdade, por sua vez, não é trans ou a-histórica. Pelo contrário, tem origem em uma comunidade interpretativa, que a estabelece a partir de parâmetros mutáveis, oriundos de linguagens tão diversas quanto a história e o senso comum, a filosofia e a doutrina religiosa, a ciência ou a eficácia performativa dos atos de fala.

A concepção de Orlemanski mantém, portanto, a distinção moderna entre ficção e mentira ou erro, mas deixa em aberto os discursos em relação aos quais a ficcionalidade é definida, possibilitando não só uma reflexão a respeito das experiências pré e extramodernas do ficcional, como, derivadamente, uma leitura da própria convenção de verdade de um determinado contingente cultural.

Considerando essas ideias, perguntamos: o que a profusão contemporânea de formas literárias que tensionam as fronteiras da verdade factual – entendida como parâmetro da ficcionalidade moderna –, nos diz a respeito tanto das possibilidades da ficção quanto do próprio regime de verdade em que vivemos?

Em outro sentido, levando a atenção à tendência de privilegiar realidades biográficas e sociais como matrizes das formas narrativas atuais, questionamos o que se perde com o relativo desinteresse quanto à narrativa de invenção. 

Entre outros eixos possíveis, este dossiê acolherá perspectivas teóricas sobre o estatuto da ficcionalidade na contemporaneidade, bem como contribuição acerca de temas como:

  •  hibridismos entre ficção e não ficção: escritas de si, ensaio, crônica;
  •  a presença do “real” na literatura e nas artes;
  •  reconfigurações do romance e do conto;
  •  práticas que interrogam autoria, narração e leitura;
  •  diálogos entre ficção, memória e arquivo;
  •  regimes de verdade e de ficcionalidade;
  •  autoficção e autenticidade em tempos de crise da verdade.

 

Organizadores: 
Kelvin Falcão Klein (Universidade Federal do Estado Rio de Janeiro)
Ligia Gonçalves Diniz (Universidade Federal de Minas Gerais)
Luciene Almeida de Azevedo (Universidade Federal da Bahia)

Prazo para submissão: 04 de março de 2026

Para mais informações, acesse: https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/announcement/view/687

Revista Aletria - Chamada para o dossiê "Literaturas e Espiritualidades"

Frederico Lima

 

A Revista Aletria convida pesquisadores e docentes da área de Letras e campos afins a submeterem artigos para o número temático "Literaturas e Espiritualidades”. Esta edição visa explorar a intersecção entre as tradições literárias e a espiritualidade em suas diversas manifestações, investigando como as literaturas de diferentes épocas e culturas abordam questões transcendentais, existenciais e espirituais.

A relação entre literaturas e espiritualidades é rica e multifacetada. Desde os grandes clássicos da literatura mundial até as obras contemporâneas, autores têm se voltado para o transcendente, seja por meio de temas religiosos, filosóficos ou pela expressão do sagrado na vida cotidiana. Assim, convidamos a submissão de artigos que discutam:

  • A presença do sagrado e do espiritual em obras literárias de diferentes tradições religiosas;
  • As formas como a literatura lida com questões existenciais e transcendentais;
  • A espiritualidade como via de resistência e transformação social nos textos literários;
  • Culturas religiosas africanas e afro-diaspóricas e suas literaturas;
  • Tradições sagradas indígenas e suas expressões literárias;
  • Análises de autores cujas obras manifestam dimensões espirituais marcantes;
  • Espiritualidades e misticismos na poesia e na prosa;
  • Diálogos entre literatura, filosofia e teologia no campo da imaginação religiosa.


Serão aceitos artigos que abordem esses e outros aspectos da temática central, a partir de diferentes perspectivas teóricas e metodológicas. Incentivamos abordagens interdisciplinares que conectem a literatura a campos como a filosofia, a teologia, os estudos culturais e os estudos de religião.

Organizadores:
José de Paiva dos Santos (Universidade Federal de Minas Gerais)
Felipe Fanuel Xavier Rodrigues (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
Ane Caroline Ribeiro Costa (Utica University)

Prazo para submissão: 31 de dezembro de 2025

Para mais informações, acesse: https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/announcement/view/655

O que são SINÔNIMOS?

Frederico Lima

Sinônimos são palavras que têm significados iguais ou parecidos. Eles são usados para evitar a repetição de palavras em um texto ou fala, tornando a comunicação mais rica e variada.

Exemplos:

Feliz: alegre, contente, jubiloso

Bonito: belo, formoso, atraente

Casa: lar, moradia, residência

Rápido: veloz, ágil, ligeiro

Revista RUS - Chamada para o dossiê "Cinema russo e soviético: do império aos nossos dias"

Frederico Lima


Além dos trabalhos de temática livre que a RUS recebe em fluxo contínuo para as suas edições, o Nº 29 receberá artigos, ensaios e traduções relacionados ao cinema russo e soviético até 30/09/25.

Às vésperas dos 130 anos da chegada do cinema à Rússia, o dossiê propõe discutir a produção cinematográfica russa e russófona a partir da sua gênese até os nossos dias, baseado em uma perspectiva abrangente e atenta às abordagens menos convencionais em torno da cinematografia russa, pré-revolucionária, soviética e pós-soviética.

Desde o período imperial, o cinema russo e russófono passou por transformações tecnológicas profundas e substanciais mudanças em sua linguagem, principalmente a partir das experimentações estéticas e das teorias revolucionárias do início do Século XX, assim como a fundação da primeira faculdade de cinema do mundo, o VGIK [Instituto Estatal Russo de Cinematografia]. Longe de se restringir às produções das primeiras décadas do século passado, a produção cinematográfica russa e russófona não está circunscrita a nenhum tipo de homogeneidade, seja estética ou estilística, tampouco se limita a um único estúdio de cinema. Até os dias atuais, revela uma expressiva diversidade de estilos e abordagens.

Convidamos pesquisadores a contribuírem com estudos e investigações originais que explorem os seguintes temas possíveis:

  • História do cinema russo: pré-revolucionário, soviético e pós-soviético
  • Teoria fílmica e a semiótica da cultura
  • O cinema soviético depois de Stálin: revisões críticas
  • Mulheres no cinema russo: diante e atrás das telas
  • Cinema, repressão e exílio
  • A lente queer no cinema russo e russófono
  • O cinema na fronteira com as artes do vídeo
  • Cinema e inovações tecnológicas
  • Dos arquivos à tela: o documentário em discussão
  • Decolonialidade no cinema pós-soviético
  • Cinema russo contemporâneo

Organizadoras: Erivoneide Barros e Neide Jallageas

Submissão dos textos: até 30.09.25

Para mais informações, acesse: https://revistas.usp.br/rus/announcement/view/1921

Revista Tabuleiro das Letras - Chamada para o dossiê "INTERNACIONALIZAÇÃO DAS LITERATURAS MINORITÁRIAS: PERCURSOS E DESAFIOS"

Frederico Lima


A proposta de um dossiê sobre a internacionalização da literatura é provocada pela constatação de que a posição das produções literárias de diferentes países, no espaço da literatura mundial, é desigual e que as literaturas minoritárias travam uma batalha também desigual com as literaturas majoritárias. Como salientou Spivak, as influências culturais emanadas dos centros hegemônicos penetram nos países periféricos com muito mais facilidade: "Na saída dos países metropolitanos, as fronteiras são facilmente atravessadas, enquanto as tentativas de entrada a partir dos chamados países periféricos encontram fronteiras burocráticas e patrulhadas" (Spivak, 2003, 16).  

É inegável que a globalização cultural das últimas décadas tem levado à crescente presença de produções literárias de nacionalidades distintas em mercados livreiros de diferentes países, como tem evidenciado os desafios impostos às literaturas de países do Sul Global quando das tentativas de entrada no espaço internacional. A conquista de uma posição de maior destaque no mercado editorial estrangeiro não levou a uma representatividade significativa dessas literaturas na “república mundial das letras” (Casanova, 1999), que abriga majoritariamente escritores de países hegemônicos. Se compararmos a posição da literatura brasileira, por exemplo, com a literatura hispano-americana, que ganhou grande prestígio na Europa e nos EUA já durante o boom das décadas de 1960 e 1970, percebebemos que uma das razões desta situação é a própria língua. O espanhol tem mais do que o dobro de falantes nativos e, ao contrário do português, é uma das línguas oficiais das Nações Unidas. Não é por acaso que leitores e pesquisadores estrangeiros muitas vezes conhecem as obras de autores brasileiros por meio das traduções espanholas. Segundo os dados do Index Translationum, que coleta informações sobre traduções nos países membros da UNESCO, a língua mais traduzida no período 1979-2019 foi o inglês (mais de 1.266.100 traduções). As traduções do espanhol ficaram em 6º lugar (mais de 54.500), enquanto as do português, em 18º lugar (mais de 11.500).

Além da tradução, questões relacionadas à publicação, circulação e recepção se tornam desafios à internacionalização da literatura. Tal constatação resultou em estudos que trazem contribuições valiosas, como os de Pascale Casanova (1999), acerca da “república mundial das letras”, de Franco Moretti (2000), sobre “literatura mundial”,  e de Haroldo de Campos (1992), com sua concepção inovadora de tradução. Ganham destaque ainda as reflexões teórico-críticas de estudiosos que problematizam os processos de internacionalização e cosmopolitismo da literatura, a exemplo de Abdala Júnior (2004), Baptista (2009), Lindoso (2017), Magri (2019), Pinto-Bailey (2019), Sánchez Prado (2006), Santiago (1982, 2004) e Spivak (2003).

Frente ao conjunto de questões destacadas, este dossiê almeja a publicação de artigos que problematizam a posição das literaturas minoritárias no espaço internacional, analisando os diversos fatores que contribuem para a sua presença e representatividade.


Organizadoras:

Profa. Dra. Márcia Rios

Profa. Dra.  Zuzana Burianová (UPOL/República Tcheca)

Profa. Ma. Anne Victoire Epakbi Belinga (UNEB/PPGEL)

Prazo final para submissão: 05/10/2025

Publicação: dezembro/2025

Para mais informações, acesse: https://revistas.uneb.br/tabuleirodeletras/announcement/view/692

Revista Caderno Seminal - Chamada para o dossiê "Entre bruxas e fadas: sua irrupção no insólito ficcional"

Frederico Lima

 

Se acaso percorrêssemos a trajetória cultural dos homens, seria inevitável a constatação de registros de histórias e narrativas que buscam explicar a alteridade humana e os fenômec Este domínio é o que tradicionalmente, desde Todorov, Bessière, Bravo e Luthi, dentre outros, tem-se designado maravilhoso, e dele, há tempos, fazem parte, frequentemente, os seres que nomeamos bruxas e fadas. A modernidade exilou tais narrativas ao âmbito do inverossímel, mas não custa lembrar que, no período medieval, o termo maravilhoso abrigava relatos julgados verossímeis. Outrossim, a palavra fada prende-se, etimologicamente a fatum, isto é destino, em razão de serem assimiladas, em muitas tradições com as Parcas, como bem anotou a história da literatura infantil, de Nelly Novaes Coelho.  As bruxas, por sua vez, no sistema feudal e inquisitorial, foram identificadas com a feitiçaria, e logo circunscritas ao campo do maligno, no polo oposto ao das fadas. Rose Marie Muraro soube em seu prefácio ao Malleus Maleficarum (Martelo das feiticeiras) ler os sinais de dominação não apenas da sexualidade, mas também do feminino na mulher.

Contudo, a literatura soube criar territórios para suas aparições. Bruxas e fadas vêm sendo constantemente reinterpretadas, demonstrando seu vigor, e inúmeros são os testemunhos - a exemplo do sucesso editorial da saga Harry Potter, ou ainda, em contexto brasileiro, a narrativa Uxa, ora fada ora bruxa (Sylvia Orthof), a peça teatral  A Bruxinha que era boa (Maria Clara Machado), para mencionar apenas três títulos de uma larga lista, que ilustra, na atualidade, a potencia simbólica dessas personagens.   Efetivamente, como já sinalizou Jack Zipes (Os contos de fadas e a arte da subversão), sua vitalidade atemporal tem permitido suas constantes traduções/recriações tanto no âmbito literário, quanto em séries televisivas e fílmicas, integrando vasto repertório das artes, endereçadas ou não ao público infantil. Desse modo, e não fortuitamente, revelam-se massivamente presentes na produção estética contemporânea.

Entendendo, portanto, o maravilhoso como uma das expressões do insólito, termo que compreende vasto espectro, abrangendo o que se insurge e rompe com a razão ocidental - como o fantástico, o estranho, os contos de fadas, o feérico, o gótico, os contos de horror, o realismo maravilhoso, o realismo mágico, as obras de fantasia (fantasy) -, convidamos pesquisadores a enviarem textos que versem sobre a temática das bruxas e das fadas nas literaturas do insólito  ficcional, bem como em outras linguagens estéticas (ilustrações, HQs, cinema, séries televisivas, artes plásticas).

Editores:
Eliana Yunes (PUCRio)
Fabianna Simão Bellizzi Carneiro (UFCAT)
Sylvia Maria Trusen (UFPA)

Submissão de artigos até: 28 / 03/ 2026
Emissão das cartas de aceite ou rejeição até: 01 / 06/ 2026
Publicação do nº da revista até: 04 / 09/ 2026

Para mais informações, acesse: https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal