“Expressando-o de modo sucinto, existem duas características humanas muito difundidas, responsáveis pelo fato de os regulamentos da civilização só poderem ser mantidos através de certo grau de coerção, a saber, que os homens não são espontaneamente amantes do trabalho e que os argumentos não têm valia alguma contra suas paixões.”
Do livro O Mal-estar na Civilização, de Sigmund Freud
Sigmund Freud #5
"Se o sofrimento realmente ensinasse, o mundo seria povoado apenas por sábios. A dor não tem nada a ensinar a quem não encontra coragem e força para ouvi-la."
Sigmund Freud
Sigmund Freud #6
"Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!"
Carta de Sigmund Freud a Martha Bernays, escrita em 27 de junho de 1882.
Sigmund Freud #4
"[...] as perversões, portanto, não devem ser referidas simplesmente à fixação das inclinações infantis, mas também à regressão às mesmas devido à obstrução de outros canais da corrente sexual. Por isso as perversões são também acessíveis à terapia psicanalítica."
No livro Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, de Sigmund Freud (1905)
Sigmund Freud #3
"Em muitas dessas perversões a qualidade do novo alvo sexual é de tal ordem que requer uma apreciação especial. Algumas delas afastam-se tanto do normal em seu conteúdo que não podemos deixar de declará-las "patológicas", sobretudo nos casos em que a pulsão sexual realiza obras assombrosas (lamber excrementos, abusar de cadáveres) na superação das resistências (vergonha, asco, horror ou dor). Nem mesmo nesses casos, porém, pode-se ter uma expectativa certeira de que em seus autores se revelem regularmente pessoas com outras anormalidades graves ou doentes mentais. Tampouco nesses casos pode-se passar por cima do fato de que pessoas cuja conduta é normal em outros aspectos colocam-se como doentes apenas no campo da vida sexual, sob o domínio da mais irrefreável de todas as pulsões. Por outro lado, a anormalidade manifesta nas outras relações da vida costuma mostrar invariavelmente um fundo de conduta sexual anormal."
Do livro Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, de Sigmund Freud (1905)
Sigmund Freud #2
"Apresenta-se-nos agora a conclusão de que há, na verdade, algo inato atrás das perversões, mas que é algo inato em todas as pessoas, embora, como uma disposição, possa variar de intensidade e ser aumentado pelas influências da vida real."
Do livro Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, de Sigmund Freud (1905)
ESCUTA DAS ENTRELINHAS: SIGMUND FREUD E A LITERATURA ENQUANTO REGISTRO DA SUBJETIVIDADE
Como referenciar e acessar este artigo no original:
SILVA, Frederico de Lima. ESCUTA DAS ENTRELINHAS: SIGMUND FREUD E A LITERATURA ENQUANTO REGISTRO DA SUBJETIVIDADE. Revista Literatura em Debate, [S. l.], v. 16, n. 28, p. 134–146, 2022. Disponível em: https://revistas.fw.uri.br/literaturaemdebate/article/view/4137. Acesso em: dia mês. ano.
Sigmund Freud #1
"Veja, então, qual é a sua própria parte na desordem a qual você se queixa?"
Do artigo "Fragmentos da análise de um caso de um caso de histeria ('Dora'), de Sigmund Freud
"Os Arruinados pelo êxito" (1916)
"O trabalho psicanalítico proporcionou-nos a tese segundo a qual as pessoas adoecem de neurose como resultado de frustração. Referimo-nos à frustração da satisfação de seus desejos libidinais, fazendo-se necessária uma digressão a fim de tornarmos a tese inteligível. Para que uma neurose seja gerada, deve haver um conflito entre os desejos libidinais de uma pessoa e a parte de sua personalidade que denominamos de ego, que é a expressão do seu instinto de autopreservação e que também abrange os ideais de sua personalidade. Um conflito patogênico dessa espécie só ocorre quando a libido tenta seguir caminhos e objetivos que o ego de há muito superou e condenou e, portanto, proibiu para sempre, e isso a libido só faz se for privada da possibilidade de uma satisfação ego-sintônica ideal. Por isso, a privação, a frustração de uma satisfação real, é a primeira condição para a geração de uma neurose, embora, na verdade, esteja longe de ser a única.
Parece ainda mais surpreendente, e na realidade atordoante, quando, na qualidade de médico, se faz a descoberta de que as pessoas ocasionalmente adoecem precisamente no momento em que um desejo profundamente enraizado e de há muito alimentado atinge a realização. Então, é como se elas não fossem capazes de tolerar sua felicidade, pois não pode haver dúvida de que existe uma ligação causal entre seu êxito e o fato de adoecerem."
Do texto "Os Arruinados pelo êxito", de Sigmund Freud (1916)