Sigmund Freud #3

"Em muitas dessas perversões a qualidade do novo alvo sexual é de tal ordem que requer uma apreciação especial. Algumas delas afastam-se tanto do normal em seu conteúdo que não podemos deixar de declará-las "patológicas", sobretudo nos casos em que a pulsão sexual realiza obras assombrosas (lamber excrementos, abusar de cadáveres) na superação das resistências (vergonha, asco, horror ou dor). Nem mesmo nesses casos, porém, pode-se ter uma expectativa certeira de que em seus autores se revelem regularmente pessoas com outras anormalidades graves ou doentes mentais. Tampouco nesses casos pode-se passar por cima do fato de que pessoas cuja conduta é normal em outros aspectos colocam-se como doentes apenas no campo da vida sexual, sob o domínio da mais irrefreável de todas as pulsões. Por outro lado, a anormalidade manifesta nas outras relações da vida costuma mostrar invariavelmente um fundo de conduta sexual anormal."

 Do livro Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, de Sigmund Freud (1905)


Uso do SS

Nomes/palavras originados pelos verbos DER, DIR, MIR, TER e TIR serão grafados com "SS":

Exs.: 

conceder = concessão

exceder = excesso

proceder = processo


progredir = progressão

agredir = agressão, agressivo, agressividade

regredir = regressão


imprimir = impressão

deprimir = depressão

comprimir = compressa, compressão

oprimir = opressão, opressivo, opressividade


prometer = promessa

intrometer = intromissão

remeter = remessa


Atentar-se para o fato de que algumas palavras não se encaixam nessa regra, sendo terminadas com "Ç".

deter = detenção

reter = retenção 

conter = contenção

perquirir = perquirição

remir = remição



Frederico Lima #36

"O que eu sei é que nessa brincadeirinha, eu descobri que tenho uma necessidade absurda de você, mesmo que eu só consiga supri-la te admirando de longe, e eu te odeio por isso, com todas as minhas forças, mas te amo, ironicamente, mais do que tudo." 

Do livro Garota Labirinto, de Frederico Lima 


Carl Gustav Jung #1

"Por toda a parte se levanta o problema de uma cosmovisão, o problema do sentido da vida e do mundo. Em nossa época, numerosas têm sido as tentativas no sentido de anular o curso do tempo e de cultivar uma cosmovisão de estilo antigo, ou seja, a teosofia ou, para empregarmos um termo mais palatável, a antroposofia. Nós temos necessidade de uma cosmovisão; em todo caso têm-na as gerações mais novas. Mas se não queremos retrogradar, qualquer nova cosmovisão deve renunciar à superstição de sua validade objetiva, e admitir que é apenas uma imagem que pintamos para deleite de nossa mente, e não um nome mágico com o qual tornamos presentes as coisas objetivas. A nossa cosmovisão não é para o mundo, mas para nós próprios. Se não formamos uma imagem global do mundo, também não podemos nos ver a nós próprios, que somos cópias fiéis deste mundo. Somente quando nos contemplamos no espelho da imagem que temos do mundo é que nos vemos de corpo inteiro. Só aparecemos na imagem que criamos. Só aparecemos em plena luz e nos vemos inteiros e complexos em nosso ato criativo. Nunca imprimiremos uma face no mundo que não seja a nossa própria; e devemos fazê-lo justamente para nos encontrarmos a nós próprios, porque o homem, criador de seus próprios instrumentos, é superior à ciência e à arte em si mesmas. Nunca estamos mais perto do segredo sublime de nossa origem do que quando nos conhecemos a nós próprios, que sempre pensamos já conhecer. Mas conhecemos melhor as profundezas do espaço do que as profundezas do nosso si-mesmo onde podemos escutar quase diretamente o palpitar da criação, embora sem entendê-la."

Do livro A Natureza da Psique, de Carl Gustav Jung