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Revista Sociopoética - Chamada para o dossiê "AS LINGUAGENS DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E O DIÁLOGO COM OUTRAS ARTES"

Frederico Lima


Durante muito tempo, as Histórias em Quadrinhos (HQs) foram vistas como um meio de entretenimento voltado ao público infanto-juvenil ou que infantilizava os adultos, como nos lembra Will Eisner (2010); porém, no decorrer da história, uma série de acontecimentos a inseriu em um contexto de diversas nuances, segundo Sonia Luyten (1987), sua consolidação começa  em jornais, revistas e veículos de comunicação de massa no início do século XX até à contemporaneidade. Cirne (1975) afirma, no contexto cultural do século XX, os quadrinhos ocupam uma posição de vanguarda, junto a outras linguagens, tanto em relação às manifestações de massa quanto aos produtos literários e paraliterários não experimentais, destacando-se pelo consumo e pelos modelos discursivos de suas propostas estéticas, que trazem como particularidade as elipses gráficas e as imagens justapostas (Cirne, 2000). Não podemos deixar de lado o pensamento contra-hegemônico e o questionamento às estruturas impostas pelo imperialismo, principalmente pautado por grandes indústrias, conforme o pensamento de Aïsha Azoulay (2024). A forma e a estrutura dos quadrinhos, o qual vários elementos “reúnem-se em sequências e narrativas ao trabalharem unidos como um sistema” (Postema, 2018, p. 23), também levantam questões metalinguísticas e autorreflexivas (Carneiro, 2015), bem como a experimentação acerca dos suportes, que podem ser páginas encadernadas, telas ou até mesmo paredes (Scorer, 2020). Nesse sentido, é fundamental (re)pensar os valores imbricados nesses conceitos de classificação e propor percepções que sejam capazes de evidenciar todo o potencial que a Nona Arte abarca. Seja no caráter estrutural ou temático, questionando, por exemplo, a exclusão de grupos historicamente marginalizados e apagados da história (Nogueira, 2018). Classificada como “hipergênero” (Ramos, 2019), que agrega uma série de linguagens, a percebemos como um espaço profícuo e rico, seja do ponto de vista artístico, teórico, e/ou crítico. A pesquisa acadêmica em quadrinhos ainda disputa seu lugar autônomo, conforme Postema (2018), que coloca o diálogo dos quadrinhos com outras áreas como uma das possibilidades, mas aliada à construção de um espaço de análise próprio dessa linguagem. Barbieri (2017), ainda, aborda a linguagem dos quadrinhos por meio da análise de suas relações com outras formas de comunicação. Partindo desses pressupostos, este dossiê temático objetiva promover discussões acerca das linguagens das HQs nos diálogos com outras artes, como a ilustração, caricatura, pintura, fotografia, cinema, entre outras. Serão aceitas propostas de investigação do universo dos super-heróis, dos mangás, dos manhwas, das webcomics, das tiras em quadrinhos (impressas e/ou digitais), de identidades e representatividades, dos aspectos estético-estilísticos, seja do ponto de vista ético, político, literário, entre outros. Serão pertinentes, ainda, trabalhos que englobem a dimensão intrínseca entre as Histórias em Quadrinhos e a formação leitora, buscando, assim, também aproximar a pesquisa às práticas leitoras dos quadrinhos nos espaços de ensino e leitura. Consideram-se também os trabalhos acadêmicos total ou parcialmente construídos na linguagem dos quadrinhos, inseridos no campo conhecido como comics as research (quadrinhos como pesquisa), conforme visto em Sousanis (2017).

Prazo para submissão: 30 de setembro de 2025

Organizadores: Dr. Bruno Santos Melo (PPGLI- UEPB), Drª. Márcia Tavares Silva (PPGLE-UFCG), Me. Lya Brasil Calvet (PPGAU+D-UFC/UNICHRISTUS) e Me. Thiago Henriques Gonçalves Alves (PPGCOM - UFC)

Para mais informações, acesse: https://revista.uepb.edu.br/SOCIOPOETICA/announcement/view/139

Revista Interculturas - Chamada para o dossiê "Práticas de ensino de línguas e de culturas estrangeiras"

Frederico Lima



Este número temático da Revista Interculturas convida pesquisadores(as), professores(as) e estudantes envolvidos(as) com o ensino e aprendizagem de línguas e culturas estrangeiras a submeterem artigos que explorem práticas pedagógicas diversas, críticas, situadas e inovadoras.

O dossiê acolhe propostas que tratem da sala de aula como espaço vivo de trocas linguísticas, culturais e afetivas, considerando tanto os desafios quanto as potências da mediação entre línguas, culturas e sujeitos em formação. Acreditamos na importância de refletir sobre a complexidade dos contextos de ensino, formais e não formais, e sobre as condições materiais, institucionais e emocionais que os atravessam.

São especialmente bem-vindas contribuições que discutam:

- Práticas pedagógicas em cursos de Línguas Estrangeiras Aplicadas (LEA) e áreas afins;

- Experiências de ensino baseadas na ação, na colaboração e na criação de projetos;

- A mobilização de múltiplas línguas em contextos educacionais plurilíngues;

- A dimensão afetiva, política e institucional do trabalho docente;

- O ensino de línguas vinculado a práticas profissionais e ao mundo do trabalho;

- Iniciativas que aproximem ensino, pesquisa e extensão, em diálogo com a sociedade.

Este número é organizado por professoras atuantes nos cursos de LEA no Brasil e na França, mas as contribuições não se restringem a esse campo: o objetivo é reunir experiências variadas de ensino e formação em línguas e culturas, sob múltiplas perspectivas.

Convidamos autores e autoras a partilharem relatos de experiência, reflexões teóricas, etnografias de sala de aula, análises críticas de práticas pedagógicas, pesquisas sobre formação docente, ou ainda produções realizadas em parceria com estudantes.

Aceitamos textos em português, francês, espanhol e em inglês.


Organizadoras:

Camila Ribeiro (Université La Rochelle)

Fernanda Pismel (Université La Rochelle)

Luciane Boganika (Université Rennes 2)

Marcia Rawlingson (Université La Rochelle)

Maria Rennally Soares (Universidade Federal da Paraíba)

Prazo para submissões: até 20 de outubro de 2025

Publicação em fluxo contínuo até dezembro de 2025. 

Para mais informações, acesse: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rics/announcement/view/954

Revista Estudos Semióticos - Chamada para o dossiê "Semiótica e tecnologia: perspectivas e desafios"

Frederico Lima

A Revista Estudos Semióticos convida os pesquisadores a submeterem propostas de artigos para o dossiê temático "Semiótica e tecnologia: perspectivas e desafios", que será publicado na edição 22(3), em dezembro de 2026.

Ao longo dos anos, diferentes avanços tecnológicos alteraram o curso da história da humanidade, influenciando a maneira como as pessoas se comunicam e interagem com o mundo à sua volta. A máquina a vapor, a título de exemplo, impulsionou a Revolução Industrial no século XIX, trazendo profundas mudanças sociais e econômicas. No século seguinte, o rádio, a televisão e, posteriormente, o computador e a internet permitiram o surgimento de novas linguagens midiáticas, transformando os processos de significação em curso; já as primeiras décadas deste século presenciaram o florescer dos modelos de IA e o exponencial uso de dados (big data) e algoritmos no cotidiano, ao que diversos especialistas têm denominado “a era da inteligência artificial” (Lee, 2019; Schmidt; Huttenlocher; Kissinger, 2023). Essas transformações, cada qual ao seu modo, conduziram novos processos de significação, reverberando em nossas práticas e formas de vida (Fontanille, 2008; 2015), uma vez que a questão não deve ser entendida apenas como tecnológica, mas como forma de vida da sociedade contemporânea (Teixeira, 2020). Seus impactos podem ser percebidos nas mais diversas esferas de atuação: na educação, na política, no entretenimento, na comunicação, na mídia, entre outras, além de suscitar práticas interdisciplinares (Matte; Pereira; Mendes, 2014).

Pode-se considerar que uma semiótica das tecnologias digitais constituiu-se, progressivamente, como um campo de pesquisa autônomo. Dentre as abordagens, destacam-se as reflexões de Jean-François Bordron (2006), que concebe as máquinas como dispositivos de mediação e produção de sentido, para os quais propôs uma tipologia. Um outro exemplo é a revista Interfaces numériques, dirigida por Nicole Pignier (Universidade de Limoges), que, desde 2012, situa as tecnologias contemporâneas no centro da análise semiótica, interrogando seus modos de interação e mediação, bem como as transformações que operam sobre as práticas sociais e culturais. Nessas perspectivas, os números sucessivos da revista estudaram tanto os hardwares quanto as aplicações (computadores, tablets, smartphones, internet, redes sociais), com o objetivo de evidenciar como as tecnologias articulam modos de pensar e modos de agir, imaginários e práticas — seja na produção e criação de imagens e textos, seja na renovação das dinâmicas de colaboração e práticas pedagógicas.

Após os trabalhos pioneiros de François Jost (1999) sobre a televisão, a semiótica das tecnologias digitais foi enriquecida por estudos sobre as noções de mídia, medialidade e intermedialidade (Jeanneret, 1999; Jeanneret e Souchier, 2005; Badir, 2007). Em um primeiro momento, esses estudos revelaram como as tecnologias colocam em questão o estatuto das práticas e produções semióticas, determinando a emergência de novos gêneros textuais e visuais, assim como sua inscrição em regimes de veridicção, autoridade, legitimidade, e em estatutos específicos (como os da ciência, religião, política...). Em um segundo momento, ao conceberem as tecnologias como dispositivos enunciativos, tais abordagens passam a considerá-las como interfaces entre enunciados, objetos e práticas, modelando a maneira como participam das competências dos sujeitos — ampliando ou reduzindo seus poderes perceptivos, corporais, cognitivos ou sociais.

Considerando os efeitos de reconfiguração das práticas enunciativas e dos regimes de sentido produzidos pela popularização do uso de tecnologias no cotidiano, o presente dossiê propõe-se a refletir sobre modos de geração e circulação do sentido em práticas mediadas tecnicamente e como a semiótica pode ajudar a compreendê-los. Interessa-nos investigar como essas mediações – particularmente em plataformas digitais – engendram novos regimes discursivos, nos quais a enunciação se dá sob linguagens sincréticas, formas híbridas e tensionadas, simultaneamente marcadas por categorias aparentemente antagônicas: proximidade e distância, informal e formal, incompletude e completude, subjetividade e objetividade (Barros, 2015). Além disso, convidamos os(as) pesquisadores(as) a refletirem criticamente sobre os recentes desenvolvimentos da Inteligência Artificial (IA) e outras tecnologias, seus impactos em nosso dia a dia, suas contribuições e limitações.

Mais recentemente, os estudos na interface entre IA e semiótica têm sido impulsionados pela Escola de Turim e pelo Séminaire International de Sémiotique à Paris, co-dirigido por Maria Giulia Dondero e Juan Alonso, o que levou a disciplina a investir na análise dos processos de produção de sentido mediados por IAs generativas nos domínios do texto escrito, da conversação e dos artefatos visuais, discutindo tanto os efeitos de verossimilhança/realidade quanto as transformações das práticas socioinformacionais e culturais (Leone, 2024; D’Armenio, Deliège, Dondero, 2024). A atenção dedicada a essas novas tecnologias na Europa e no Brasil acompanha o desenvolvimento de pesquisas sobre os chamados “mundos digitais”, a realidade virtual, a realidade aumentada e os jogos eletrônicos, a dataficação das práticas sociais e o big data, visando compreender como as tecnologias constituem novos suportes de experiências e de relações sociais, ainda que plenamente reais (Marino, 2022; Giuliana, 2024; Chatenet e Giuliana, 2025; Thibault, 2020; Moraes, 2024).

O volume 22 (3) da revista Estudos Semióticos buscará inscrever-se nesse campo de pesquisa ao interrogar de que maneira as novas tecnologias modificam o sentido de nossas práticas cotidianas. Como as interfaces de software, maquínicas e algorítmicas, especialmente a IA generativa, transformam nossa relação com o sentido e, em contrapartida, como a semiótica pode contribuir para repensar seus modelos excessivamente enviesados?

Nesse contexto, o número 22 (3) da revista Estudos Semióticos receberá artigos que girem em torno dos seguintes eixos de reflexão:

  • Descrição e análise dos discursos produzidos na internet;
  • O impacto do digital no campo das linguagens;
  • Multimodalidade e sincretismo de linguagens no ciberespaço;
  • Os sentidos gerados pelo uso das tecnologias na aprendizagem e na pedagogia;
  • Desafios sociais, políticos, culturais e tecnológicos no enfrentamento dos sistemas de desinformação no contexto digital;
  • Descrição e análise das inteligências artificiais generativas, seus impactos na vida humana e objetos semióticos produzidos;
  • Análise e contraposição das práticas e dos objetos semióticos gerados e circulantes nas diferentes redes sociais (ou mídias): Instagram, TikTok, Facebook, Youtube, etc;
  • Consequências do uso de algoritmos nas diversas práticas sociais;
  • A maneira como o estudo de certos dispositivos tecnológicos conduziu a semiótica a fazer evoluir seu aparato teórico e/ou metodológico.

Organizadores: Daniervelin Pereira (UFMG, Belo Horizonte), Letícia Moraes (UFPB, João Pessoa) e Ludovic Chatenet (Université Bordeaux Montaigne, Bordeaux)

Datas importantes:

Submissão das propostas (uma página): 01/outubro/2025 a 30/novembro/2025. Enviar cópia para ambos os e-mails: daniervelin@gmail.com e lesemiotica@gmail.com. Assunto: Dossier Semiótica e Tecnologia - proposta artigo.

Resposta sobre as propostas recebidas: 20/dezembro/2025.

Período de submissão, pela plataforma OJS da revista, dos artigos full-text com proposta aceita: 01/abril a 31/maio/2026. Link para o envio: https://www.revistas.usp.br/esse/about/submissions

Publicação programada Estudos Semióticos 22(3): dezembro/2026.


Detalhes sobre a redação e a formatação dos artigos:

Línguas aceitas: português, francês, inglês, italiano, espanhol.

Os resumos deverão ser redigidos em inglês + outra língua de acordo com aquelas aceitas.

Os artigos submetidos deverão conter de 25.000 a 50.000 caracteres (espaços incluídos).

Verificar as normas de formatação da revista.

Para mais informações, acesse: https://revistas.usp.br/esse/22_3_dossier_tecnologia_call

Revista Linha d'água - Chamada para o dossiê "Discurso digital: desafios e problemáticas contemporâneas"

Frederico Lima


Nas últimas décadas, a ampliação dos ecossistemas digitais – especialmente com o advento da Web 2.0, das redes sociais e das plataformas de comunicação digital – impôs novos desafios ao campo das pesquisas em linguagens, exigindo abordagens que integrem a dimensão tecnológica intrínseca às produções linguageiras. Esse contexto configura um cenário de tecnodiscursividade, conceito que enfatiza a constituição híbrida dos discursos digitais como resultado da articulação entre linguagem e tecnologia. Dessa forma, a análise do discurso digital considera, consoante Marie-Anne Paveau (2021), a co-presença da matéria linguística e técnica, reconhecendo que elementos como hiperlinks, URLs, hashtags e outras tecnopartículas formam uma nova ecologia discursiva que transcende as categorias tradicionais da linguística.

Neste cenário, destaca-se o papel da hipertextualidade e da deslinearização (Paveau, 2021), fenômenos estruturantes do discurso digital nativo que rompem com a linearidade textual tradicional. A hipertextualidade, marcada pela conectividade e pela multiplicidade de percursos possíveis na leitura e escrita, redefine o ato comunicativo, transformando o leitor em escrileitor – sujeito ativo e co-produtor do sentido em um processo dinâmico de leitura e escrita simultâneas. A deslinearização, por sua vez, manifesta-se tanto visualmente, por meio de cores e sublinhados, quanto sintagmática, semiótica e enunciativamente, modificando profundamente as formas tradicionais de produção e recepção discursiva (Paveau, 2021).

Somando a isso, no âmbito das tecnologias digitais, a emergência de discussões a respeito das inteligências artificiais (IA) de Large Language Model - Modelo de Linguagem de Grande Escala (LLM) - tem potencializado novas pesquisas. Trata-se de um momento marcado pela proliferação de sistemas computacionais sofisticados, característicos da chamada Quarta Revolução Industrial, Indústria 4.0 (Mavrepisa et al., 2024) ou “Revolução Artificial” (Bartoletti, 2020). Estes sistemas automatizados têm sido empregados na geração de diversos conteúdos, trazendo resultados impressionantes e articulando diferentes discursos políticos, ideológicos, entre outros. Tais circunstâncias trazem à tona desafios éticos, sociais e comunicacionais, evidenciando a necessidade de análises críticas que considerem os impactos da automação discursiva na desinformação e/ou no ativismo digital.

Por outro lado, as comunicações mediadas por computador (Herring, 2004) e os estudos de plataforma (D’Andrea, 2020; Burgess, 2021) – isto é, a organização de práticas discursivas em ambientes regulados por plataformas digitais – configuram novas formas de interação e de circulação de sentidos. Nesse âmbito, produtores se encontram na tensão entre coerção e agência – em termos de estratégias e de táticas (Manovich, 2009) – para a construção e negociação de sentido. A reflexão sobre esses processos é essencial para compreender a dinâmica atual do discurso digital, suas problemáticas e possibilidades.

Tendo em vista esses aspectos, o presente número tem por objetivo reunir pesquisas que problematizam as múltiplas dimensões do discurso digital contemporâneo, com foco nas transformações tecnolinguísticas e discursivas que emergem a partir das tecnologias digitais. A partir de uma perspectiva interdisciplinar, pretende-se reunir contribuições da Linguística Textual (LT), da Análise do Discurso Digital (ADD), da Comunicação Mediada por Computador (CMC), dos Estudos de Plataforma, entre outros. Este dossiê temático convida os autores a enviarem contribuições que explorem, entre outras questões, os seguintes eixos:

  • Tecnodiscursividade, evocando categorias da ADD como fenômenos para a compreensão da escrileitura e do discurso digital nativo.
  • Características da comunicação mediada por computador e os desafios impostos pelas plataformas digitais à produção e circulação dos sentidos.
  • Estudos críticos sobre plataformas digitais, incluindo o papel dos algoritmos e das políticas dos ecossistemas digitais nas práticas comunicativas contemporâneas.
  • Papel de espaços digitais nos fenômenos desinformativos, argumentativos e multimodais em distintas práticas discursivas.

  • Tecnologias digitais e argumentação, os diferentes tipos de produção e multissemioses.
  • Implicações das inteligências artificiais na geração de conteúdos, como textos de desinformação ou de diferentes modalidades argumentativas.

Editores convidados:

Eduardo Glück

Centro de Linguística da Universidade NOVA de Lisboa (CLUNL, Portugal)

Universidade do Vale do Taquari (Univates, Brasil)

Evandro de Melo Catelan

Departamento de Linguagem e Comunicação/Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagens, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR, Brasil)

Gabriel Isola-Lanzoni

Universidade de São Paulo (USP, Brasil)

Grupo de Investigadores em Ciências da Linguagem da Universidade do Porto (GICIL/CLUP/U.PORTO, Portugal)



Prazo de submissão: 31 de outubro de 2025.

Previsão de publicação: abril de 2026.

Para mais informações, acesse: https://revistas.usp.br/linhadagua/announcement/view/1938



Revista GLÁUKS ONLINE - Chamada para a edição "Análise do Discurso e Linguística Forense: práticas discursivas, jurídicas e forenses em foco"

Frederico Lima


A Revista GLÁUKS ONLINE (ISSN 2318-7131), publicação quadrimestral do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Viçosa (UFV), está recebendo artigos e ensaios para o volume 26, n.1 –jan./ abr. 2026, destinado à Análise do Discurso. O eixo temático adotado é "Análise do Discurso e Linguística Forense: práticas discursivas, jurídicas e forenses em foco."

Já há alguns anos, a Linguística Forense tem se estabelecido no Brasil, seja por meio de eventos acadêmicos ocorridos em diferentes universidades, seja por meio de publicações de pesquisadores espalhados pelo país. Os esforços individuais e coletivos, portanto, têm gerado frutos, e a área é cada vez mais reconhecida como passível de contribuição efetiva, seja no âmbito da investigação acadêmica, seja no âmbito da contribuição do linguista como perito judicial e auxiliar técnico da justiça.

Na mesma linha de fortalecimento dos estudos linguísticos e discursivos que voltam sua atenção a problemas no âmbito jurídico, esta chamada busca por pesquisas que se valem de alguma abordagem em Análise do Discurso – Análise Semiolinguística do Discurso; Análise Crítica do Discurso; Análise do Discurso de linha francesa. – para problematizar e analisar diferentes questões que interessem à relação linguagem e Direito.

Serão aceitos trabalhos que se enquadrem na definição de linguística forense lato sensu (Sousa-Silva; Coulthard, 2016), como investigações sobre gêneros textuais/discursivos jurídicos, práticas de poder por meio da língua no âmbito jurídico; argumentação jurídica; interação em contextos forenses etc.; bem como trabalhos que se debrucem sobre uma perspectiva stricto sensu da Linguística Forense (Sousa-Silva; Coulthard, 2016), como determinação de significados ambíguos em contexto forense; análise de crimes de linguagem; atribuição de autoria; perfilamento linguístico; fonética forense; análise de marcas registradas etc.

A publicação privilegiará investigações concluídas ou em curso, cujo objeto seja passível de análise a partir da relação entre a Análise do Discurso e o Direito.

Organizadores: Welton Pereira e Silva (UFF) e Rony Petterson Gomes do Vale (UFV)

Prazo de submissão: 01 de setembro de 2025 a 15 de janeiro de 2026

Previsão de Publicação: Abril de 2026

As propostas devem ser submetidas diretamente no site da revista Glauks: https://www.revistaglauks.ufv.br/Glauks

Por favor, antes de submeter, cheque as normas em: https://www.revistaglauks.ufv.br/Glauks/information/authors 

Revista Matraga - Chamada para o tema "Interfaces entre ensino de PLE, Estudos da Tradução e Interculturalidade"

Frederico Lima


Ao revisitar o percurso histórico das metodologias e abordagens de ensino de línguas estrangeiras, observa-se que a tradução desempenhou diferentes papéis: ora como método central de ensino, ora como ferramenta pedagógica complementar, ora ainda como estratégia considerada incompatível com determinados objetivos didáticos. Essas perspectivas vêm sendo reavaliadas, especialmente a partir do reconhecimento dos Estudos da Tradução como área autônoma cujas contribuições têm se mostrado relevantes tanto para o ensino de línguas quanto para a formação de professores. O Português como língua estrangeira moderna, por sua vez, consolidou-se como área de pesquisa e ensino, ampliando progressivamente seus estudos descritivos e aplicados à didática. Tem-se revelado particularmente importante para a área de Português Língua Estrangeira o aprofundamento do diálogo entre descrição (linguística) e ensino (práticas pedagógicas), levando em consideração as especificidades do público-alvo, a formação docente e as múltiplas questões linguístico-discursivas envolvidas. A 68ª edição da Matraga será dedicada exclusivamente ao ensino de Português como Língua Estrangeira (PLE) e suas interfaces com os Estudos da Tradução e os estudos sobre interculturalidade. Serão especialmente bem-vindos trabalhos atualizados que representem avanços teóricos e práticos nessas interações. Buscam-se estudos que apresentem consistência teórico-metodológica e que se insiram prioritariamente — embora não exclusivamente —, nos seguintes eixos temáticos:

  • A tradução como ferramenta pedagógica no ensino de PLE;
  • Tradução intersemiótica e ensino de PLE;
  • Contribuições dos Estudos da Tradução para a descrição e o ensino de PLE;
  • Tradução e interculturalidade em materiais didáticos de PLE;
  • Contribuições dos Estudos da Tradução para o tratamento de aspectos léxico- semânticos e interculturais no ensino PLE.

Editores: Alexandre do Amaral Ribeiro (UERJ) e Lívia Assunção Cecílio (Università degli Studi di Firenze - UniFI)

Submissão de artigos e resenhas: até 31/10/2025

Publicação: maio de 2026

Para mais informações, acesse: https://www.e-publicacoes.uerj.br/matraga/announcement/view/1660

Revista LaborHistórico - Chamada para dossiê temático "Dialetologia Histórica do Português Brasileiro"

Frederico Lima


A LaborHistórico – revista do Programa de Pós-graduação em Letras Vernáculas (PPGLEV), da Universidade Federal do Rio de Janeiro – está atualmente com chamada aberta para o dossiê Dialetologia Histórica do Português Brasileiro.

Resumo: Embora a maioria dos estudos sobre a formação do português brasileiro (PB) se baseie em comparações com o português europeu (PE), são raros os trabalhos que historicamente contrastam os dialetos que compõem o português do Brasil (Souza, 2024). Durante o mapeamento dos aspectos linguísticos do PB em relação ao PE, os linguistas não só identificam diferenças entre essas duas variedades, mas também entre as diversas regiões do Brasil. Nesse contexto, Galves (2018) destaca a importância de uma Dialetologia Sintática Histórica do Português Brasileiro para compreender os intrincados caminhos da língua no país, valendo-se de textos históricos que representem o processo de ocupação do território nacional durante o processo de colonização. Para contribuir com o estudo da formação histórica dos dialetos do PB, este dossiê aceita trabalhos que analisam historicamente fenômenos de qualquer nível da língua (fonético-fonológico, morfossintático, lexical e outros) de variedades do PB, a partir de diferentes abordagens teóricas.

Organizadores: Emerson Souza (SEDUC - Araci / UFBA) e Williane Corôa (UNEB)

Data-limite para submissão: 30 de março de 2026.

Publicação (previsto): 2º semestre de 2026.

Mais informações no site da LaborHistórico