"Alguma coisa em. Alguma coisa em mim que eu não entendo. Eu devo ter inveja, eu não te disse que eu nunca consegui? Eu não entendo de amor, de algum jeito complicado. Dentro de mim, vê se me entende."

Do livro Triângulo das águas, de Caio Fernando Abreu

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 "Algo se move no jardim em torno da casa. Um anjo prendeu as asas nos galhos baixos; um menino arranhou o joelho num arbusto; pode ser o vento agitando um pano vermelho desbotado, ou o silêncio que quando demasiado vira lamento. Então me aconchego mais no corpo dele, e fico abrigada. Esse é meu lugar no mundo."

Do livro O Silêncio dos Amantes, de Lya Luft

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"Com a faca da nostalgia do longe cravada fundo no peito. Às vezes dói, mas logo passa também."

Do livro Pequenas Epifanias, de Caio Fernando Abreu

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"Não sei, até hoje não sei se o príncipe era um deles. Eu não podia saber, ele não falava. E, depois, ele não veio mais. Eu dava um cavalo branco para ele, uma espada, dava um castelo e bruxas para ele matar, dava todas essas coisas e mais as que ele pedisse, fazia com a areia, com o sal, com as folhas dos coqueiros, com as cascas dos cocos, até com a minha carne eu construía um cavalo branco para aquele príncipe. Mas ele não queria, acho que ele não queria, e eu não tive tempo de dizer que quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa, até um castelo."

Do livro Inventário do ir-remediável, de Caio Fernando Abreu

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"[...] claro que deve haver alguma espécie de dignidade nisso tudo, a questão é onde, não nesta cidade escura, não neste planeta podre e pobre, dentro de mim?"

Do livro Morangos Mofados, de Caio Fernando Abreu

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